Branding B2B e B2C: entenda as diferenças e semelhanças

Se você está procurando por isso, ou se interessa pelo tema, provavelmente é porque já ouviu que branding B2B e B2C são o mesmo. E já adianto, nosso texto de hoje não vai concordar com isso.

Entendemos, sim, que existem semelhanças entre a aplicação do branding em mercados B2B e B2C, é claro. Mas, para o cliente – ou seja, você – atuar no dia a dia, entendemos também que a realidade é bem diferente.

E não é porque ambos têm semelhanças, que são iguais. Principalmente como vem sendo dito por algumas pessoas, mais recentemente, por conta de algumas dessas similaridades.

Mas, sem mais delongas, se você se interessa mais pelo tema, é só ler o texto a seguir! Bora lá!

Definindo branding B2B e B2C

Começamos, é claro, pela definição, e essa é uma das semelhanças entre branding B2B e B2C. Porque branding é branding, seja para marcas B2B, para marcas B2B e até mesmo para marcas pessoais.

Branding é gerir a sua marca, de maneira a favorecer a construção de uma determinada percepção. Simples assim. E seja qual for o seu mercado, a definição de branding será a mesma.

E vale lembrar aqui que marca é, segundo Marty Neumeier – um dos mais renomados autores de branding do mundo – a percepção intrínseca que as pessoas tem sobre uma marca, produto ou serviço.

Ou seja, construir marca é construir reputação.

E gerir marca – ou fazer branding – é gerir reputação.

Não importa se essa marca é B2B, B2C ou é uma marca pessoal.

Quais as semelhanças entre branding B2B e B2C

Além do conceito, é claro, existem outras semelhanças entre branding B2B e B2C, e é importante que deixemos isso claro no texto, afinal, nosso objetivo não é enganar você.

A primeira, e talvez mais importante semelhança, é o processo de definição do posicionamento pretendido pela marca. O que isso quer dizer? O processo que nós, consultorias de marca, fazemos, é bem similar.

O processo de branding começa, em geral, pelo entendimento do quem é a marca: sua essência, cultura, diferenciais e outros fatores internos que possam ser levados para a comunicação. Depois disso, vem o posicionamento, as expressões da marca e os materiais de gestão. Esse processo não muda, pelo menos não na Salcio.

Outra similaridade é: marcas lidam com pessoas. Sim, sem sombra de dúvidas, quando falamos de marcas é importante lembrar que elas falam com pessoas, e que são essas pessoas que compram as marcas. Essas marcas, portanto, devem se comunicar com pessoas, com seus anseios e objetivos, e não unicamente com as empresas e seus objetivos pragmáticos.

Existem outras semelhanças? Sim, sem sombra de dúvidas. Mas essas são as duas mais visíveis e, por isso, escolhemos citar ambas aqui.

Quais as diferenças entre branding B2B e B2C

Talvez a principal diferença que deve ser lembrada, quando falamos de branding B2B e B2C, está justamente na segunda similaridade do tópico anterior: marcas falam com pessoas.

Mas as pessoas, nesses diferentes contextos, estão em momentos diferentes. Esses momentos diferentes levam a diferenças sensíveis entre o que cada marca deve inserir em seu discurso. Vamos falar sobre essas diferenças:

Processo decisório

No B2C: em geral, toma-se as decisões sozinho, exceto em casos de compras muito grandes, como imóveis, que geralmente se toma em casal ou com a família.

No B2B: nas empresas, o processo decisório tende envolver mais pessoas, com pelo menos dois setores envolvidos – o setor diretamente interessado, e o setor de compras.

Medos e consequências

No B2C: quando compramos um produto ruim, qual o pior que pode acontecer? A sensação de jogar dinheiro fora, e uma decepção com aquele produto específico.

No B2B: quando se é um responsável de compras em uma empresa, e compra um produto ruim para essa empresa, o que pode acontecer de ruim? Uma demissão.

Outros envolvidos

No B2C: quando se faz uma compra, mesmo que seja um presente, em geral o objetivo é basicamente agradar a pessoa, e ela (quase) sempre terá a opção de trocar esse presente.

No B2B: ao comprar, por exemplo, cadeiras para um outro setor ou para toda empresa, e essa compra se provar ruim, estamos falando de funcionários desconfortáveis por alguns meses (ou anos!).

Estratégias de construção de marca para B2B e B2C

Quando falamos em branding para B2B e para B2C, é fundamental considerarmos as diferenças apontadas acima. Afinal, ainda que o processo para entender o posicionamento da marca e suas possibilidades seja o mesmo, desenrolar ele em comunicação exige um pensamento diferente.

Por conta das diferenças na natureza de ambos os tipos de negociação, é fundamental lembrar que o drive de conversão em cada um dos casos será diferente.

No B2B, por exemplo, trabalharemos drives como confiança, segurança, tranquilidade, para reduzir os riscos no processo de compra; já no B2C trabalharemos drives como autorrealização, expressão, e outros, que farão as pessoas desejarem comprar da sua marca.

Eis a grande diferença entre ambos os modelos de marca, a forma que construiremos o discurso para alcançar a venda.

FAQs

Branding B2B e B2C podem usar as mesmas ferramentas?

Sim, ferramentas de branding como análise de mercado, gestão de marca e comunicação podem ser utilizadas tanto no B2B quanto no B2C. No entanto, a aplicação dessas ferramentas deve ser adaptada para atender às necessidades específicas de cada mercado, levando em consideração as diferenças nos processos decisórios e nas motivações dos clientes.

Quais são os maiores desafios ao fazer branding para B2B?

Os maiores desafios no branding B2B incluem a necessidade de construir confiança e credibilidade ao longo do tempo, a complexidade dos processos decisórios que envolvem múltiplos stakeholders e a criação de uma comunicação que equilibre aspectos emocionais e racionais para alcançar diferentes níveis dentro de uma organização.

Quais setores são mais desafiadores para o branding B2B?

Setores como tecnologia, indústrias de manufatura e serviços financeiros são particularmente desafiadores no B2B, devido à complexidade técnica dos produtos, ao alto nível de regulamentação e à necessidade de construir confiança em decisões de compra que envolvem grandes investimentos.

Como equilibrar comunicação emocional e racional no branding B2B?

Para equilibrar comunicação emocional e racional no B2B, é importante combinar argumentos lógicos, como ROI e eficiência, com elementos emocionais, como a confiança na marca e a segurança que ela oferece. Esse equilíbrio ajuda a conectar-se com os diferentes decisores dentro de uma organização, desde o técnico ao executivo.

Quais erros comuns as empresas cometem ao aplicar estratégias de branding do B2C no B2B?

Um erro comum é subestimar a complexidade do processo de compra B2B, tratando-o como se fosse uma simples decisão de consumidor final. Outro erro é focar exclusivamente em apelos emocionais sem oferecer argumentos racionais sólidos, o que pode prejudicar a credibilidade da marca em contextos B2B.

Porque branding B2B e B2C são, sim, diferentes?

Branding B2B e B2C são diferentes porque os públicos-alvo têm motivações distintas. No B2C, as decisões de compra são mais pessoais e emocionais, enquanto no B2B, o foco é na funcionalidade, custo-benefício e impacto nos negócios, exigindo uma abordagem mais técnica e orientada para resultados.

Embora existam semelhanças entre o branding B2B e B2C, as diferenças são fundamentais e devem ser respeitadas para construir marcas eficazes em cada contexto. Entender o processo decisório, as motivações e os desafios específicos de cada mercado é crucial para desenvolver uma estratégia de branding que realmente ressoe com o público-alvo e atenda às suas necessidades de forma eficaz.

 

Se você quer construir uma marca forte, seja no B2B ou no B2C, é importante garantir uma boa consultoria de branding no processo. Uma que saiba as diferenças, semelhanças e, principalmente, que saiba se aproveitar disso para criar uma marca forte. Caso queira contar com uma dessas, entre agora mesmo em contato conosco, que nós poderemos te ajudar.

Daltro Coutinho
Daltro Coutinho
http://www.salcio.com.br
Sócio fundador da Salcio. Designer por formação, redator por inclinação e estrategista por vontade de fazer mais. Sou responsável por todos os projetos de estratégia, além das etapas de expressão verbal e gestão de marcas.