Exclusividade e escassez no branding: descubra o poder

Será que toda marca pode usar exclusividade e escassez no branding? Eu, particularmente, acredito que não. Até porque, quando falamos de marcas mais populares, essas táticas não fariam sentido nenhum.

No entanto, não é possível negar que essas duas táticas – ou estratégias, dependendo da aplicação – são muito poderosas. Mais do que isso, elas são a base da construção de várias marcas, em diversos mercados.

Se você busca entender melhor esses argumentos discursivos de marca, para descobrir se eles podem ou não ajudar a sua empresa a se destacar no mercado, esse texto é perfeito. Então, aproveite o momento, pegue um bom café, e vamos à leitura!

Entendendo a exclusividade e escassez no branding

A primeira coisa que precisamos entender é que, ainda que sejam muitas vezes complementares, exclusividade e escassez no branding são conceitos diferentes. Vamos, então, separar e entender melhor os dois conceitos:

  • Exclusividade: quando trabalhamos a exclusividade, enquanto discurso, no branding, estamos falando de marcas que tem produtos que fazem seus públicos se sentirem únicos, diferenciados e destacados. Quando compramos uma marca que trabalha exclusividade, literalmente estamos dizendo para o mundo: eu tenho algo que ninguém mais tem.
  • Escassez: quando trabalhamos escassez, estamos falando de marcas que trabalham a sensação de pertencimento a um grupo seleto de pessoas. Algo que é escasso não é único, mas algo a que poucas pessoas podem ter acesso.

Como pudemos ver acima, os dois conceitos são próximos, mas distintos, afinal, o que é exclusivo pode até ser considerado escasso, mas o escasso raramente será exclusivo, caso contrário ele deixará te ter valor como acesso a determinados grupos sociais.

Exemplos de marcas que usam exclusividade e escassez

Existem diversos setores que usam exclusividade e escassez em conjunto, como se fossem complementares, entre eles os nichos de alta moda e automobilismo de luxo.

Na moda, podemos usar o exemplo da Hermès, que tem coleções com volumes de peças limitados, o que gera imediatamente a sensação de escassez. Além disso, a marca também tem os chamados “modelos icônicos”, que são modelagens exclusivas, feitas artesanalmente por seus profissionais e que, portanto, são únicas.

No automobilismo podemos citar a Ferrari, que tem provavelmente a marca de carros mais forte do mundo e, ainda assim, uma das menores fábricas e volumes produtivos. Afinal, “ter uma Ferrari não é para qualquer um”. A Ferrari tem, inclusive, uma série de regras para aqueles que querem ter o privilégio de ostentarem seus carros na garagem.

Aplicando exclusividade e escassez na sua marca

Não podemos negar que esses dois argumentos discursivos tendem a funcionar melhor nos mercados de luxo, justamente por conta de sua natureza. No entanto, existem marcas, de alguns nichos, que podem se aproveitar deles para um apelo tático em seus discursos.

Marcas que ofereçam produtos artesanais, ou processos consultivos personalizados, por exemplo, sempre poderão apelar para a exclusividade. Isso será, no entanto, algo intrínseco ao negócio e, portanto, muito difícil de encaixar como diferencial.

Para empresas de serviço, trabalhar um conceito de boutique pode dar a ideia de escassez – inclusive, usamos isso como apoio tático na Salcio – uma vez que a possibilidade de trabalhar em poucos projetos por vez nos coloca em um lugar diferente de outras consultorias que fazem 50 projetos por ano.

No entanto, mais do que pensar em nicho ou aplicação, o que você deve pensar – se quer trabalhar algum desses discursos em sua marca – é o seguinte: “como encaixar esse benefício de maneira coerente no meu discurso?”

Sempre será possível, a questão é deixar a promessa organizada e pertinente.

FAQs

O que é exclusividade no branding e por que ela é importante para o valor da marca?

Exclusividade no branding refere-se à criação de produtos ou serviços que fazem os consumidores se sentirem únicos e diferenciados. Isso aumenta o valor percebido da marca, pois possuir algo exclusivo transmite a ideia de status e distinção. Marcas que usam a exclusividade no branding conseguem se posicionar como únicas no mercado, atraindo consumidores que desejam se destacar.

Como a escassez pode ser utilizada para aumentar a percepção de valor de um produto ou serviço?

A escassez cria um senso de urgência e pertencimento ao limitar o acesso a um produto ou serviço. Quando algo é escasso, poucas pessoas podem adquiri-lo, o que aumenta seu valor percebido. Isso é frequentemente utilizado em campanhas de marketing para incentivar compras rápidas, pois os consumidores temem perder a oportunidade de adquirir algo raro.

Quais são alguns exemplos de marcas que aplicam com sucesso estratégias de exclusividade e escassez?

Exemplos incluem a Hermès, que limita o volume de suas coleções para criar escassez e possui modelos exclusivos feitos artesanalmente. Outro exemplo é a Ferrari, que produz um número limitado de veículos e impõe regras estritas para a compra, destacando a exclusividade e o prestígio associados à marca.

Quais são os benefícios e desafios de implementar edições limitadas como uma estratégia de exclusividade?

Os benefícios incluem a criação de desejo e urgência nos consumidores, o aumento do valor percebido e a diferenciação da marca. No entanto, os desafios podem incluir a necessidade de justificar a limitação de produtos de forma convincente, além do risco de alienar consumidores que não conseguem adquirir os itens limitados.

Como posso aplicar as estratégias de exclusividade e escassez em mercados que não são de luxo?

Mesmo em mercados não-luxuosos, é possível aplicar essas estratégias ao oferecer produtos artesanais, serviços personalizados ou adotar um modelo de negócios de boutique, que atende a um número limitado de clientes por vez. O importante é garantir que essas estratégias sejam coerentes com o discurso da marca e tragam benefícios reais aos consumidores.

Vale a pena criar uma marca a partir dessas estratégias?

Se o discurso for pertinente e, principalmente, verdadeiro, é claro que vale. Tanto a escassez quanto a exclusividade são discurso muito interessantes para a construção de uma marca e, em geral, tendem a trazer ótimos resultados.

A questão é justamente saber encaixar isso, e ter um motivo para tal.

Uma escassez ou exclusividades em discursos fracos podem gerar a percepção de uma marca que não sabe seu próprio lugar, e isso pode ser inclusive negativo para a marca. Por isso, tome bastante cuidado na hora de fechar o discurso nesses benefícios.

 

Se você quer trabalhar esses benefícios na sua marca, mas não sabe como, aproveite o momento e solicite agora mesmo uma sessão estratégica gratuita com nossa equipe. Nós podemos te ajudar a entender se esse discurso faz sentido para sua marca, e como aplica-lo de maneira coerente e eficaz.

Daltro Coutinho
Daltro Coutinho
http://www.salcio.com.br
Sócio fundador da Salcio. Designer por formação, redator por inclinação e estrategista por vontade de fazer mais. Sou responsável por todos os projetos de estratégia, além das etapas de expressão verbal e gestão de marcas.